Olá!!
Vamos à
compra dos euros? 😀
Ainda sobre
o intercâmbio, inicio resumindo o que já foi falado nos posts anteriores sobre
os 3mil euros necessários como comprovação de renda para viver na Irlanda para
os seis meses de curso (se for entre 3 e 6 meses calcular 500 euros por mês).
A situação é
a seguinte:
Para o
stamp 2 (visto de 8 meses como estudante com permissão para trabalho), devemos
ir até o prédio da imigração para tirar o GNIB (Garda National Immigration Bureau), um tipo de
cartão que comprova o seu visto.
Mas para agora, como eu falei no último post sobre o planejamento para
embarcar, a compra dos euros é um dos passos mais importantes a serem
compreendidos.
A compra dos euros deve ser feita através das casas de câmbio ou
agências bancárias. Os valores de conversão podem ser bem diferentes entre
elas, então vale uma boa pesquisa.
Essa pesquisa inclui o local da compra e QUANDO comprar. Sim, devemos
ficar de olho a cada segundo na cotação do euro, porque se ele der uma
desvalorizada é hora de comprar pelo menos uma parte. O ideal é comprar de
pouco em pouco, justamente por causa dessa variação. Se você comprar pelo menos
umas duas vezes em momentos de cotações mais baixas, vai compensar mais do que
ter comprado todo o valor num momento que estava lá em cima; e pior, você ver
isso depois.
Além de onde e quando comprar, a dúvida cruel: como levar? No dinheiro
ou no cartão?
Já vimos que, para o visto, atualmente aceitam o extrato de uma conta
bancária do Brasil que contenha em reais o equivalente ao valor necessário em
euros. Isso exclui a necessidade inicial de abrir uma conta bancária irlandesa.
Porém para os gastos lá fora, utilizar apenas cartão de uma conta bancária
brasileira tem suas desvantagens. Cada transação você paga 6,38% de IOF e, para
cartão de crédito, do momento da compra até o pagamento da fatura, se o real
desvalorizar, ainda paga-se mais do que o valor imaginado no momento da compra,
pois o que vale é a cotação no dia do pagamento. Se o real valoriza é vantagem,
mas acaba ficando a mercê disso.
Tem outra opção de cartão que exclui essa desvantagem da variação de
valor entre o ato da compra e o pagamento da fatura, mas ainda paga o IOF de
6,38%. São os chamados “travel money card”, os cartões pré-pagos. Para eles, a
compra dos euros é feita nas casas de câmbio, onde você transfere o valor em
real equivalente a quantidade de euros que necessita + o IOF, e seu cartão é
carregado com os euricos prontos para serem utilizados sem a variação de
câmbio, com foi dito anteriormente. Muitos consideram essa opção também pela
segurança que um cartão possui.
Chegamos agora na opção em cash. Isso, dinheiro em espécie. Foi a minha
escolhida no final e eu explico o porquê. Para a compra do euro em espécie, o
IOF é de apenas 1,1%. Considerando o valor alto a ser comprado, faz muita
diferença. Tem o contra da segurança, que foi o mais considerado quando estava
em dúvida. Porém fiz o que muita gente faz: usei doleira. Sim, com 4mil euros
bem fechados e grudados no corpo sob algumas camadas de roupa, dificilmente
alguém pegaria. Chegando na Irlanda, tirava para tomar banho já dentro do
banheiro e lá mesmo colocava de volta; dormia com ela, acordava com ela. Não me
arrependo. Nem incomodou rsrs
Na imigração do aeroporto, pediram para eu mostrar o dinheiro. Eu ergui
um pouco a blusa, abri a doleira e só de mostrar as pontinhas das notas já
deram ok para eu passar. De resto, só manter com você em todos os momentos, até
encontrar o destino final dele.
Sobre o destino dele, também falei brevemente no post “Irlanda-o
início”, sobre as opções de comprovação do dinheiro. Para levar no prédio
da imigração para retirada do GNIB, não podemos levar o dinheiro em espécie.
Tem que ser o extrato bancário (irlandês ou brasileiro), ou o “post Money
order”, que foi o escolhido também.
Abrir uma conta bancária irlandesa tem sido cada vez mais difícil devido
aos estudantes que voltam para seus países e deixam suas contas inoperantes.
Então a tentativa seria demorada, além de que para pegar o extrato da conta,
ela tem que chegar pelos correios (sim, pelos correios). Portanto seria grande
o risco de perder o dia marcado para ir a imigração.
Então optei pelo post Money order, que nada mais é do que cheques
nominais pelos quais são “trocados” o dinheiro no Post office (correios). Cada
cheque tem o limite de valor de 650euros, e para troca de cada um paga-se
3,70euros. Ou seja, para a troca dos 3mil que deveriam ser levados a imigração,
troca-se o dinheiro em espécie por 5 cheques nominais com valor de 600euros
cada, pagando 18,50 euros. Assim, fica-se mais tranquilo do que andar com as
várias notas, uma vez que recebe o cheque nominal e seus respectivos
comprovantes para guardar de forma segura, e separadamente.
Na imigração
é só apresentar os cheques e fica tudo certo. Na minha época era uma novidade
no país; teve uma dificuldade de entendimento quando eu os apresentei, mas no
final o senhor entendeu do que se tratava. Ufa! Hahah
Ainda sobre
conta bancária - para utilização no dia a dia europeu -, com a dificuldade em
abrir conta em bancos físicos, hoje tem muita gente optando pelas contas
online, onde você faz o cadastro e o atendente faz uma vídeo-chamada para
comprovação de identidade e ver todos os documentos necessários. Uma boa opção
também.
É isso.
Qualquer
dúvida, deixe nos comentários, que no que puder ajudar estarei a disposição :D
Xoxo,
Fique de
olho!