terça-feira, 24 de julho de 2018

Irlanda - o início


Olá!!
Sejam bem vindos ao primeiro post de conteúdo do blog.
Gostaria de agradecer primeiramente ao interesse em “ouvir” o que tenho a falar. Espero atender as possíveis expectativas e cada vez poder agregar melhores conteúdos para todos.
Como principal assunto que motivou a criação do blog, gostaria de começar contando um pouco da experiência que tive fora do Brasil. Como começou, como foi a preparação (inclusive as burocracias), e um breve resumo das informações úteis.

Em 2013 eu cursava arquitetura e urbanismo, e iniciei também o curso de inglês – daqueles em escola física uma vez por semana. Foi essencial para quem tinha zero da língua. Cursei por três anos e estava vendo grandes avanços na compreensão e na elaboração da comunicação. Mas o “falar” ainda sentia travado... sabia que precisaria puxar para fazer sair “na marra”, pois era nesse quesito que eu ainda deixava a desejar nos estudos individuais.
A vontade de ir para fora sempre foi gigante. Mas antes de começar estudar inglês eu não focava em países de língua inglesa. Havia me envolvido bastante com tentativas de intercâmbio pelo curso da universidade na Espanha. Mas não deu certo por alguns frustrantes (na época) erros. Hoje agradeço! #thankGod

No final de 2015 hospedei em minha casa uma moça que havia passado um bom tempo na Irlanda. Como já estava estudando inglês havia um tempo, o assunto chegou em boa hora. Enchi-a de perguntas. Nunca havia pensado na Irlanda. Onde era? Como era? Não sabia de nada.
Esse foi o gatilho. Ela foi embora e continuei minhas pesquisas sobre o país, sobre o intercâmbio lá, o custo de vida, as burocracias, entre outros.  Descobri então que, na época, juntamente a Austrália e Nova Zelândia era um dos países mais acessíveis para estudantes, pois também teria permissão de trabalho caso fechasse um curso com duração maior que 25 semanas(6 meses de curso), o que ajudaria consideravelmente com os gastos. Como meu sonho era Europa, foquei na Irlanda.

No Brasil então passei por toda etapa de organização, tranquei a faculdade, e no dia 3 de outubro de 2016 fui, muito bem acompanhada, realizar meu sonho. Mal sabia quantas coisas estariam por vir.


Vamos as informações básicas sobre intercâmbio na Irlanda...

Um curso de línguas na Irlanda pode ser por períodos variados como em qualquer outro lugar, mas o que atraiu a mim, assim como atrai a milhares de brasileiros, é que se escolhermos um curso de 25 semanas temos acesso ao visto Stamp 2, que nos permite além de estudar, trabalhar até 20 horas semanais durante as aulas e até 40h durante o período de férias. Esse período de férias é incluído no seu período de visto, que tem um total de 8 meses (6 meses de curso + 2 meses de férias).
Se escolhermos um curso com menos de 25 semanas, podemos entrar no país como estudantes, mas permaneceremos como qualquer outro turista, com várias limitações. Ou seja, teremos que ter desde o início todo o dinheiro de permanência no país.
A acomodação, por exemplo, temos que ter definido onde será, pois os agentes de imigração podem pedir ali mesmo, antes de sair do aeroporto. Mas o principal são os gastos que a envolvem. Quando compramos um pacote de curso menor de 25 semanas, geralmente a acomodação estudantil ou em casa de família é inclusa por conta dessa necessidade de já estar definida. Então, na escolha do pacote já é praticamente definido a maior parte dos gastos com o intercâmbio.
Quando vamos cursar 25 semanas, adicionamos no pacote apenas as primeiras semanas de acomodação, pois o comum é encontrarmos outros estudantes lá para dividirmos uma residência. Isso acontece porque as residências estudantis e casas de família são mais caras do que encontrar um local para alugar junto com outras pessoas, ou uma vaga em quarto onde já é dividido (o mais comum).
E é aí que entra a diferença da possibilidade de trabalhar. Uma vez que só arcamos com as primeiras semanas para chegarmos e nos estabelecermos, começamos a procurar emprego para então pagar pelo resto que estará por vir. SERIA perfeito SE não considerássemos que conseguir um emprego PODE não ser tão rápido. Eu mesma demorei 2 meses para conseguir o meu. Mas existe gente que consegue mais rápido sim. Depende de diversos fatores que vou falar em um dos próximos posts.

Aí me perguntam, então posso separar APENAS o dinheiro da passagem e das primeiras semanas de acomodação que já ficam certas? Não.
Deixe-me explicar...
A Europa nos permite livre circulação sem um visto prévio por 90 dias, mas isso faz com que seja necessário regular a situação de acordo com as nossas necessidades. Para isso cada país tem seus tipos de vistos e burocracias para que possamos ficar legais com todos os direitos e deveres que nos cabem.
No caso da Irlanda para o curso de 25 semanas, somos elegíveis ao “stamp 2”, citado anteriormente, que é o visto de estudo com permissão de trabalho.
Ainda no aeroporto o oficial nos dá um visto temporário (no passaporte mesmo) para que possamos ter tempo para fazer o agendamento online para ir ao prédio da imigração, e para  providenciarmos tudo que é preciso para levarmos até lá para retirar o Stamp 2 oficial (um cartão que chamamos GNIB).

Os documentos necessários para isso são:
- carta da escola (com carga mínima de 15h aula/semana) comprovando a matrícula;
- seguro governamental;
- comprovante de pagamento do curso;
- comprovante de endereço (ainda que provisório);
- *valor de 3000 euros comprovado em extrato de uma conta em banco irlandês, ou extrato do valor equivalente em reais de um banco brasileiro, ou o chamado “Post Money order”/ “bank draft” (cheques nominais pelos quais são “trocados” o dinheiro nos correios);
- e o valor de 300 euros para pagar pelo visto.

*Sobre os 3000 euros pode-se pensar que então não existe de fato o que disse sobre já ter que ter preparado o dinheiro de todo o intercâmbio? Sim e não. Quando comprovamos esse dinheiro e deixamos ele lá guardado estamos seguros para caso não conseguirmos um emprego para arcar com as despesas. Isso é realmente a intenção do governo, afinal, que país quer imigrante chegando no país sem condições de sobrevivência?
Por outro lado, se conseguirmos emprego, os 3000 euros (ou pelo menos parte dele), poderá continuar como reserva, ser devolvido de onde ou de quem ele foi “tirado” ou gastar como bem entender, pois terá seu salário para arcar com as despesas.

Quero deixar CLARO que essa situação de “reserva dos 3mil euros” depende de muitos fatores como estilo de vida, tempo para conseguir emprego, entre outros. Então não é fácil. Mas para mim acabou sendo mais vantajoso pensar assim comparando aos gastos de um curso de menor período tendo que gastar praticamente a mesma coisa, sem uma POSSIBILIDADE de “cobrir” esses gastos com o trabalho que me seria permitido a partir do Stamp 2.

Não posso encerrar sem outro ponto MUITO IMPORTANTE . É NECESSÁRIO levar mais do que esse 3000 euros para o primeiro mês, afinal – além dos 300 euros para pagar o visto, que não pode estar incluso nos 3mil - esse é o tempo que temos para oficializar nosso stamp 2, e os 3mil precisam estar intactos até o dia dessa comprovação, só que os gastos com acomodação, transporte e alimentação estarão correndo. Eu mesma levei 4000, e foi o ideal na época. Para uma maior segurança seria melhor até mais, pois acomodação é o que há de mais caro.

Todas essas informações foram obtidas anteriormente, e confirmadas pelo consultor da agência de viagem pela qual fechei meu pacote com todo suporte necessário para uma primeira experiência fora. Recomendo demais isso!

No próximo post detalharei um pouco mais sobre como aconteceu comigo cada um desses detalhes, mais sobre o custo de vida, e uma média que pode ser calculada para essa segurança enquanto o emprego não chega.
Planejamento é tudo!

Agora deixo um pouco o gostinho do que é a ILHA ESMERALDA 💚



Espero que tenham sido úteis as informações. Qualquer dúvida, escreva nos comentários que vou respondendo ou organizando os próximos posts.

Xoxo,

Fique de olho!


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